#52 O que aprendi sobre newsletter nesse um ano
O que deu certo, o que deu errado, alguns dados e deixe sua dúvida que irei responder
Há mais ou menos um ano, eu enviava a primeira edição da minha newsletter (se não é inscrito(a) ainda, deixe seu e-mail abaixo) e iniciava uma jornada semanal de me comprometer em enviar toda quinta de manhã um conteúdo sobre marketing digital.
Por que criei uma newsletter?
Eu tenho um blog desde 2008. Na época, meu objetivo era ter algum lugar onde pudesse compartilhar resenhas, críticas e análises sobre livros, artigos e tudo que estava pesquisando sobre comunicação e marketing digital. Com o tempo, meu objetivo com o blog foi mudando pois acompanhava a evolução da minha carreira profissional.
Quando resolvi criar uma newsletter pessoal há um ano, meu objetivo principal era publicar textos “temporais”, ou seja, que fossem análises de assuntos do momento no mercado de comunicação.
Sentia muitas vezes que tinha algo para falar e, principalmente, que as pessoas gostariam de escutar.
Tanto é que minha primeira edição foi para comentar sobre o fim da exibição das curtidas no Instagram. Assim como meu blog, mudei minha abordagem com o tempo. Hoje busco dar prioridade a conteúdos atemporais, pois tenho a seção “Novidade da Semana” onde consigo destacar o que foi relevante (na minha opinião) naquele período e assim suprir essa parte desse conteúdo temporal.
O que deu certo?
Escolha da plataforma
Conheci o Substack em um feed de algum contato no LinkedIn, cujo disclaimer era “vocês acharam que e-mail morreu? Olha essa startup arrecadando grana”. Eu fiz alguns testes com o Mailchimp mas achei muito complexo para o que queria. Substack é limitado, mas para o que preciso, é o ideal. Sendo assim, vale muito você entender o que você deseja com sua newsletter, principalmente em termos visuais, para decidir qual plataforma é adequada.
Começar pequeno
Creio que as preocupações de se iniciar uma newsletter sejam seu tamanho, conteúdo e periodicidade.
Desde o começo, estabeleci que um ritmo bom seria o que eu posso dedicar e não o que eu imagino que o público gostaria.
Sendo assim, tempo de dedicação foi o limitante para eu estabelecer o tamanho e o conteúdo, assim como cheguei na conclusão que o ideal para mim seria ser semanal.
Divulgação no LinkedIn
Fiz alguns testes de divulgação orgânica em diversas redes (Facebook, meu blog, LinkedIn e Instagram) e o que vem trazendo mais inscritos e visitas é o LinkedIn. Então toda quinta religiosamente posto no meu perfil a edição da newsletter.
O que deu errado?
Herança de base de inscritos
Para não começar do zero, eu usei a base de inscritos de um projeto antigo e automaticamente inscrevi todos para minha newsletter. Não deu certo porque (1) não é legal inscrever um e-mail sem o consentimento da pessoa e (2) a base era antiga (de 2017) e muitos e-mails não são mais ativos. Resultado: baixa taxa de abertura (menos de 10%), baixa entrega (~55%) e 5% de desistências no primeiro mês.
Anúncios com audiência abrangente
Para impulsionar o número de inscritos, criei os primeiros anúncios no Facebook para uma audiência cuja segmentação era basicamente “interesse em marketing digital”. Resultado: custo por inscrito ~9 reais. Achei muito caro e dei uma atenção maior para a segmentação. Realizei uma audiência lookalike da minha base de inscritos, segmentei por alguns interesses específicos como analytics, social media e influenciadores. Resultado: custo por inscrito ~4 reais.
Escolha de edições para usar como anúncios
Aqui o que deu errado foi eu achar que deveria escolher edições que “transmitiam a essência da newsletter” ao invés das edições que estavam sendo mais visualizadas. Por exemplo, usei por duas semanas a edição #41 como anúncio no Facebook.
O tema da edição é o modelo de conteúdo da minha newsletter, mas repare que não teve tantas visualizações a mais do que veio na minha base de inscritos. Agora, a edição que mais teve visualizações foi a #34.
Vendo que ela estava bombando, coloquei-a como anúncio por duas semanas, o que ajudou a impulsionar mais essa edição e, consequentemente, trazer mais inscritos. Agora, toda vez que vou usar uma edição como anúncio, seleciono as que possuem mais visualizações, e não as que eu gostaria de promover.
Por fim, dados!
Em um ano de newsletter, tenho:
Um pouco mais de 1.700 inscritos;
Taxa de entrega média de 85%;
Taxa de abertura média de 23%;
Taxa de cliques em URLs média de 4%;
LinkedIn traz em média 15% a mais de tráfego para cada edição;
Gasto em média 1h30 pra produzir uma edição (pesquisa, leitura, escrever, procurar desenhos/gifs e enviar).
E tudo valeu a pena porque você dedica um tempinho na semana para ler minha edição, comentar comigo nas redes sociais e botar essa confiança no meu conteúdo. Então muito obrigado por tudo!
E agora deixo o espaço abaixo para vocês tirarem dúvidas sobre newsletter ou qualquer outro tema que abordo por aqui. Toda edição pode ser comentada ou respondida diretamente para mim (e algumas pessoas fazem isso), mas agora é a hora. Deixe sua dúvida abaixo.
E se quiser me ajudar ainda mais, compartilhe essa newsletter em sua rede.
Gabriel, é possível enviar um newsletter pelo Substack sem que ele fique publicada na plataforma, para todos acessarem e lerem?