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Você chega no supermercado disposto a comprar um xampu. E se depara com isso:
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Quando você se deparou com uma prateleira igual a essa (ou uma página de produtos em um e-commerce), você se sentiria confortável por ter tantas opções? De acordo com a teoria do Paradoxo da Escolha, quanto mais opções a pessoa possui, maior a insegurança em torno da escolha feita e, consequentemente, menor satisfação com a opção realizada.
Esse viés cognitivo foi popularizado pelo psicólogo Barry Schwartz e publicado em seu livro (versão em inglês). Ele realizou diversos experimentos que comprovam que o ser humano prefere, inconscientemente, menos opções do que muitas opções. Um exemplo está nesse experimento rodado no site da World Wildlife Fund:
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Na versão A, o usuário podia escolher o valor a ser doado. Na versão B, havia opções pré-definidas e também a opção de deixar uma quantia desejada. A versão B teve +16% receita em comparação com a versão A. Resumo: induza o usuário para uma ou duas escolhas, reduza as opções para ter mais chances de conversão.
Vejo que as pessoas seguem muito a lei do mínimo esforço até mesmo para questões de dia a dia, como escolher alguma opção dentro de um cardápio (quantas pessoas não pedem recomendação pro garçom/garçonete?). É muito melhor deixar indicada uma opção recomendada ou pré-escolhas do que deixar para a personalização ou decisão exclusiva do usuário.
Para mais detalhes sobre paradoxo da escolha e outros vieses cognitivos envolvendo escolhas e preços, veja no meu blog.
E recomendo o TED Talks de Barry Schwartz falando sobre todos seus experimentos.
NOVIDADE DA SEMANA
Dados brasileiros sobre o que as pessoas estão fazendo em casa durante a quarentena
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Na edição #37 divulguei uma pesquisa nos EUA sobre o que as pessoas estavam fazendo em suas casas durante a quarentena. Saiu uma versão brasileira realizada pelo Centro de Inovação da FGV e cujo webinar será hoje às 10h (inscrição aqui) e alguns veículos tiveram acesso já a alguns resultados interessantes:
56% das pessoas possuem dificuldade em manter a rotina equilibrada entre trabalho e vida pessoal, principalmente para aqueles que nunca experimentaram trabalho remoto antes
45,8% não estão confiantes na manutenção dos empregos e têm dificuldade de concentração
A pesquisa também fez recortes por idade e tamanho da empresa, em que percebemos uma diferença entre quem trabalha em startups e multinacionais. As gerações mais velhas apresentaram dificuldades em se adaptar a nova rotina.
A Kantar também soltou sua quarta onda da pesquisa Barômetro. Com mais tempo em casa, 48% dos entrevistados afirmaram estar dormindo mais, 44% estão dedicando tempo à leitura, 43% focando no desenvolvimento pessoal e 36% evitando os noticiários.
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Resumo da pesquisa da FGV aqui no UOL Tab.