#127 The Future 100 - 2022
Os principais pontos do tradicional relatório de tendências da WT Intelligence
#TBT é a edição #75 onde temos os principais pontos do relatório The Future 100 de 2021.
Todo ano, a Wunderman Thompson (antiga JWT) lança seu estudo The Future 100, onde lista as 100 tendências do ano divididas em diversas categorias como Cultura, Tecnologia, Viagem, Beleza, Gastronomia, Luxo, Saúde e Varejo. E, assim como nos dois últimos anos, listo os principais destaques na minha visão.
A corrida pelo metaverso
O relatório já abre com o tal metaverso. Epic Games, Niantic e Tencent, três gigantes da área de games, já adquiriram algumas empresas focadas na construção desse universo digital. O relatório aponta que esse início mostra que as grandes companhias estão preocupadas em sair na frente no metaverso, mesmo que ainda seja algo incerto.
Além disso, já há plataformas disponíveis para o público geral e que incluem avatares e lugares/escritórios virtuais, além de marcas criando “branded worlds”.
Os “virtual genuinfluencers”
Após a onda de influenciadores virtuais, agora esses estão indo pro caminho da influência “com defeitos”, ou seja, simular imperfeições humanas. De acordo com o relatório, ser “muito aspiracional” não funciona, pois é intangível e isso vale também para os influenciadores virtuais.
O crescimento dos super-apps
Conceito desenvolvido na China, os apps que entregam praticamente todos os serviços, desde delivery até transações financeiras, devem se popularizar em 2022. O relatório aponta dois exemplos (GoTo e Grab) que foram financiadas por gigantes chinesas (Alibaba e Tencent) juntamente com Facebook e Google. No Brasil, vemos que a Magazine Luiza está caminhando nesse sentido.
Co-creative platforms
72% dos jovens da geração Z dos EUA, Reino Unido e China acreditam que a criatividade depende da tecnologia. Com isso, as marcas de moda e beleza estão buscando incluir o usuário/consumidor no desenvolvimento artístico de produtos e serviços, por meio de plataformas próprias de co-criação. De acordo com o relatório, passamos da era dos “passivos" para a era dos “agentes de criação”.
Superfollowers
Plataformas de redes sociais estão criando sistemas de pagamento e assinatura para os criadores de conteúdo. Depois dos diversos recursos no YouTube e Super Follows no Twitter em 2021, provavelmente agora teremos também no Instagram, Tumblr e outras plataformas. É uma das formas mais rentáveis para os criadores de conteúdo e também mais uma fonte de receita para as plataformas.
Dreamvertising
Está crescendo o volume de “dreamtechs”, ou seja, empresas especializadas em controle do sono, e a maioria está criando soluções para a publicidade nos sonhos. O relatório aponta que 77% dos profissionais de marketing dos EUA pretendem investir em “dreamvertising” nos próximos três anos pois muitos estão interessados na influência desse tipo de abordagem. Entretato, o público em geral acredita que isso seja uma distopia, porém não tem nenhuma regulamentação estatal sobre esse tipo de prática. É um terreno que ainda iremos ver bastante novidade por aí.
Conversas privadas
Plataformas de chat serão o próximo território que os varejistas irão atacar para desenvolver soluções que potencializem as receitas. De acordo com o relatório, a coleta de dados em chats entre consumidor e marca podem personalizar as ofertas e converter em vendas. Plataformas como WeChat e WhatsApp já estão desenvolvendo diversas soluções business para atender essa demanda.
Soluções para saúde mental
Tanto em Turismo quanto em Saúde temos diversas tendências focadas em saúde mental. Hipnoterapia, destinos turísticos com foco em psicodelia, games com foco em tratamento psicológico, farmácias específicas e até mesmo “terapias” no TikTok mostram como 2022 será um ano para a saúde mental, algo que virou foco por conta do isolamento da pandemia.
O relatório completo você pode baixar gratuitamente aqui.
NOVIDADE DA SEMANA
Instagram testa assinaturas de perfis
A plataforma iniciou o recurso de assinaturas para um pequeno grupo de perfis selecionados nos EUA e oferecerá acesso pago para vídeos e stories. Os assinantes receberão um selo especial na seção de comentários e inbox dos criadores de conteúdo.
O preço mensal das assinaturas será definido pelos próprios criadores, podendo variar de 0,99 dólares a 99,99 dólares. Além do selo, os assinantes poderão acessar todo histórico de conteúdo de stories e publicações restritas que o criador de conteúdo disponibilizar.
A ferramenta ainda não previsão de chegada no Brasil.
Vi no Canaltech.