#92 Data as a Product vs. Data as a Service
A diferença entre os dois modelos de trabalho envolvendo entregáveis de dados.
#TBT de hoje é a edição #82 sobre maturidade das empresas envolvendo análise de dados.
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(Adaptado desse post no meu blog)
Quando pensamos em entrega de análises de dados, geralmente pensamos em produzir relatórios ou pesquisas, onde o fluxo mais comum é:
Recebemos um briefing sobre o que devemos entregar
Estruturamos a coleta dos dados
Manuseamos os dados, fazendo cruzamentos e tratamentos
Montamos o relatório/estudo e entregamos para o cliente ou qualquer receptor
Essa forma de receber a demanda e realizar um entregável é o modelo chamado Data as a Product (DaaP), ou seja, o time de B.I. trata as entregas de análises de dados como se fossem produtos: recebemos o pedido, embalamos e entregamos para o receptor.
É o modelo mais comum praticado tanto em agências e consultorias quanto em anunciantes e publishers. A principal característica desse modelo é a centralização de processos e acessos aos dados pelo time de B.I., ou seja:
No modelo DaaP, a área de B.I. possui o papel de ser um “centro de conhecimento” dentro da organização, sendo acessado quando há necessidade de relatórios e análises de dados.
Agora, imagina que qualquer pessoa dentro de uma empresa tenha acesso a um ambiente onde possa fazer consultas de dados, podendo explorar de forma personalizada e também extrair informações self-service. O fluxo para o time de B.I. nesse cenário seria:
Recebemos o briefing contendo quais métricas e indicadores devem ser mostrados dentro do ambiente
Desenvolvemos as integrações e coletas de dados das plataformas
Desenhamos a visualização dessas métricas e indicadores e configuramos filtros de dimensões no ambiente
Disponibiliza-se para acesso
Nesse caso, a entrega do time de B.I. não é um relatório, mas sim um ambiente configurado e atualizado diretamente das fontes de dados (o que pode ser um dashboard automatizado, por exemplo), onde o receptor pode consultar e tirar seus próprios insights e informações.
Esse modelo em que os dados são disponibilizados diretamente aos receptores é chamado de Data as a Service (DaaS), ou seja, os profissionais de B.I. atuam mais como facilitadores e consultores de dados do que provedores de insights e relatórios. O time de B.I. foca em análises mais complexas e estratégicas (ex: modelagens preditivas) e na manutenção da qualidade dos dados (ex: monitoramento de falhas nas métricas dos ambientes disponibilizados).
A principal diferença em relação ao modelo DaaP é que há uma descentralização do acesso aos dados, porém:
O modelo DaaS exige uma maturidade dos receptores para leitura e interpretação dos dados, ou seja, tem que ter uma cultura data driven estabelecida e enraizada.
Por isso que, geralmente, nas companhias iniciam as entregas de B.I. no modelo DaaP e evolui com o tempo para DaaS, ganhando maturidade e mudando as habilidades necessárias dentro do time de B.I. (imagem abaixo baixada daqui).
Particularmente defendo demais o modelo Data as a Service para tornar a área de B.I. mais estratégica e focada em inovações e análises complexas. Mas eu sei que, para esse modelo se sustentar, é necessário que a organização tenha cultura baseada em dados e investimento em tecnologia para prover coleta e acesso a ambientes amigáveis para consumo dos dados.
NOVIDADE DA SEMANA
Internet Explorer não terá mais continuidade a partir de junho de 2022
Fim de uma era: a partir do meio de 2022, não teremos mais Internet Explorer, o navegador mais famoso e antigo do mercado. Será substituído pelo Microsoft Edge, que já era bastante usado nesses últimos anos no lugar do antecessor.
Não que a partir dessa data você não possa mais usar o navegador, mas ele não ficará mais disponível para download nos canais oficiais, não terá updates de segurança e nem integrações com as plataformas da Microsoft, ou seja, ficará obsoleto.
Vi no The Verge (em inglês) graças a newsletter da Jacqueline Lafloufa.