#82 Maturidade em análise de dados
Quais tipos de insights tiramos quando estamos analisando os dados
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Durante meus anos nessa área de dados, uma das coisas mais importantes que aprendi foi traçar um plano de maturidade digital, ou seja, saber quais os passos para diversos níveis de entendimento do ambiente digital e, no meu caso, focado mais na área de analytics.
Parece simples olhando de longe, mas garanto que não é. É difícil organizar em “caixinhas” o conhecimento e ferramentas que um cliente/projeto possui e determinar qual é o próximo passo de evolução. Esse artigo (em inglês) mostra como é a evolução do ponto de vista de análise de dados e gostei bastante da forma visual (abaixo) mostrada do método da Gartner chamado Analytics Continuum.
O primeiro nível é uma análise descritiva, ou seja, explicar o que aconteceu olhando os dados. Vamos usar o seguinte caso: o volume de engajamento do perfil do cliente no Instagram cresceu 25% no período. Essa constatação é um exemplo desse tipo de análise e não contribui muito para tirar insights.
O segundo nível é uma análise explicativa, ou seja, explicar o motivo do resultado. No mesmo caso, esse crescimento de 25% no engajamento veio por conta do alto volume de comentários e curtidas no post que falava sobre um produto específico. Aqui já vemos que temos uma pista para cavar mais insights.
O terceiro nível é uma análise exploratória, onde o foco é entender a razão desse motivo, ou seja, o contexto, conjuntura e o macro cenário que contribuiu para o resultado. No nosso caso, o produto mencionado no post acabou sendo citado por um participante do Big Brother Brasil e isso gerou uma busca e interesse dos usuários, ocasionando esse crescimento de 25% no volume de engajamento. Aqui já temos pistas bem fundamentadas para traçar um plano de ação.
O quarto nível é uma análise preditiva, ou seja, olhando os dados e o contexto, buscar prever o resultado provável no futuro. No nosso caso, ao olhar os dados históricos e o contexto do que ocorreu, podemos prever que dificilmente acontecerá de novo, mas que quando ocorre, gera grande visibilidade e engajamento para a marca.
E o nível mais desejado é uma análise prescritiva, onde o contexto, dados históricos e um conhecimento do mercado e do negócio possibilitam traçar um caminho para atingir os objetivos ou estar preparado para os desafios e cenários. No nosso caso, enxergo que o melhor caminho é ter uma estrutura/processos definidos para trabalhar real time marketing, ou seja, acompanhar as tendências das conversas pautadas pela mídia e amplificadas nos canais digitais para conseguir agir rápido em cima dessa exposição momentânea e, com isso, potencializar os possíveis resultados de negócio.
Acredito que esses degraus de maturidade valem para todas disciplinas da área digital e devemos ter paciência para adaptar nossos planos para cada situação em nossos clientes e projetos. Não adiantar implementar um sistema de machine learning sendo que ainda nem tem todos os dados necessários coletados ou que estejam gerando análises estratégicas.
NOVIDADE DA SEMANA
YouTube começará a tributar ganhos de anúncios dos criadores de conteúdo fora dos EUA
Essa tributação passará a ser cobrada a partir de junho e afeta qualquer canal que receba visualizações de usuários nos EUA. Os criadores de conteúdo terão que preencher um cadastro, onde o YouTube conseguirá estimar o percentual do ganho que será retido com audiência norte-americana.
A imagem abaixo montada pelo perfil do Camilo Coutinho mostra uma simulação dessa cobrança. O percentual comparado com o rendimento total é baixo (3%).
Vi no Tecmundo.