#17 O algoritmo de monetização do Youtube
Youtubers descobriram o que influencia o Preference Score, que potencializa a monetização dos anúncios
Saiu uma matéria no Medium da FFWD (em inglês) sobre como os Youtubers estão decifrando o algoritmo de monetização do Youtube: Preference Score. E aqui vou resumir os principais pontos dessa matéria.
“Nosso algoritmo proprietário, o P-Score, considera a popularidade e a paixão do espectador em um conteúdo específico - fatores como número de visualizações repetidas e com qual frequência os vídeos são compartilhados”, afirma Kate Stanford, a head global de publicidade do Youtube. Ou seja, o P-Score basicamente influencia em como um vídeo será beneficiado na monetização via anúncios do Youtube (se você quer saber como um criador de conteúdo ganha dinheiro via anúncios no Google e Facebook, veja esse post). E alguns youtubers descobriram que esse índice está no código-fonte do vídeo, conforme imagem abaixo.
Um grupo grande de youtubers começou a investigar milhares de canais e seus respectivos P-Score para entender o que influencia esse algoritmo e como isso impacta no número de visualizações. A primeira descoberta é que o índice é variável de acordo com a localização: se eu verificar o P-Score de um canal daqui do Brasil será um valor diferente se eu estivesse verificando nos Estados Unidos.
Outra descoberta foi o índice considerado privilegiado pelo Youtube: entre 600 e 700. Analisando o P-Score do top 5% do Google Preferred, todos possuem acima de 800. Esses canais são considerados os mais recomendados para os anunciantes investirem. Abaixo, o P-Score do top 10 do Google Preferred.
A conclusão que os youtubers chegaram é que o P-Score influencia não só a prioridade nos anúncios como também o número de visualizações. Quando um vídeo é desmonetizado, ou seja, não está apto a receber anúncios, os youtubers alegavam que isso impactava no número de visualizações, o que o próprio Youtube alegava que não acontecia.
Porém, com todas essas descobertas sobre o P-Score, os youtubers perceberam que não adianta ser um canal nativo da rede para ganhar benefícios: o que importa são os canais “ad-friendly”, ou seja, que possuem conteúdos que se enquadram na rede de anúncios mais rentável para o Youtube. Por isso que esses talkshows como o do Jimmy Fallon estão bem posicionados no P-Score.
NOVIDADE DA SEMANA
Youtube muda seus termos de serviço e agora pode excluir um canal por não ser rentável
“O YouTube pode encerrar o seu acesso ou o acesso da sua conta do Google a todo ou parte do serviço se o YouTube acreditar, a seu exclusivo critério, que a prestação do Serviço para você não é mais comercialmente viável”
A frase acima é o que está na última atualização dos Termos de Serviço do Youtube. A medida está ganhando repercussão nos portais e fóruns pois dá margem para que o Youtube aplique regras arbitrárias para determinar se um canal pode ser excluído. E também não deixa claro se são apenas produtores de conteúdo ou também espectadores. Em um dos trechos, o Youtube afirma que “não tem obrigação em hospedar ou disponibilizar conteúdo”, ou seja, pode retirar e excluir se assim desejar.
Vi no Brainstorm 9 e no The Verge (em inglês)
Se está curtindo minha newsletter, envia para os colegas: gabrielishida.substack.com
E quer falar comigo? Manda e-mail para contato@gabrielishida.com.br