#130 Números do Super Bowl de 2022
Audiência, patrocinadores e outras curiosidades sobre a edição 56 da final da NFL
Nas próximas duas quintas não teremos edição da newsletter porque estarei de férias (finalmente!). Retorno com uma nova edição no dia 10 de março.
Nesse último domingo (dia 13), tivemos o Super Bowl edição 56 entre os times Los Angeles Rams e Cincinnati Bengals. O evento é um dos mais populares do mundo e talvez o único lugar onde as pessoas se interessam em assistir as propagandas durante a partida. Por isso que um comercial de 30 segundos é o mais caro do mundo: a NBC cobrou 6,5 milhões de dólares.
Contudo, não é só durante a partida que há um interesse da audiência. No quadro abaixo do Google Trends, notamos que a procura pelo termo Super Bowl começa praticamente 30 dias antes da exibição.
Contudo, o volume de busca não reflete um interesse massivo do público brasileiro. A ESPN, que transmite o Super Bowl desde 2006 para o público local, registrou a maior audiência dentro dos canais pagos no horário das 20h às 0h e também superou a transmissão da RedeTV! nos canais abertos: foi uma média de 1,5 ponto no IBOPE, com pico de 2 pontos, contra 0,5 ponto da RedeTV!. Mas é pouco se comparado com programas populares como Jornal Nacional, que costuma registrar uma média de 21 pontos no IBOPE.
A baixa audiência se dá também pela característica do evento: um esporte mais desconhecido para o brasileiro e clubes com marketing praticamente nulo fora dos EUA. Com isso, quando comparamos a audiência global do Super Bowl vs. outros eventos esportivos, temos uma boa discrepância: foram cerca de 150 milhões de espectadores no mundo, sendo 100 milhões apenas nos EUA. A final da Copa do Mundo de 2018 entre França e Croácia teve 517 milhões de audiência global e a final da Liga dos Campeões da Europa costuma atrair cerca de 400 milhões de pessoas pelo mundo.
Mesmo com uma audiência mais baixa comparada com outros eventos mundiais, é o espaço mais almejado pelos anunciantes para veicular seus comerciais durante os intervalos da partida, porque sabem que praticamente toda audiência estará prestando atenção aos anúncios. Aqui está a lista de todos veiculados nesse ano e abaixo o show no intervalo, que é um dos pontos fortes do evento.
Mesmo não sendo um evento muito popular no Brasil, vale sempre ficar de olho nas novidades anunciadas nos comerciais e também nas campanhas ao redor do evento. Talvez seja o principal evento do ano para o mercado de publicidade e marketing.
NOVIDADE DA SEMANA
Globo passa a segmentar publicidade no Globoplay
Finalmente a Globo passou a segmentar as publicidades recebidas na transmissão via streaming no Globoplay. Agora é possível exibir um anúncio específico de acordo com idade, gênero e demografia, tudo baseado no cadastro realizado para acessar o streaming.
Enquanto quem está assistindo a um programa pela TV aberta recebe uma peça publicitária geral, quem estiver acompanhando pelo Globoplay pode receber outra peça publicitária do mesmo anunciante voltada ao seu perfil específico.
A identificação do espectador é feita por meio do Globo ID, uma identificação usada pelo usuário para acessar o serviço de streaming e outros produtos da companhia, sendo que a Globo possui cerca de 110 milhões de cadastros.
A solução está disponível para a Grande São Paulo e em alguns canais, mas logo cobrirá o Brasil inteiro e o restante dos canais da rede Globo. Em um futuro com domínio das Smart TVs, a Globo afirma que também será possível segmentar a publicidade na TV aberta por conta dos dados coletados nessas televisões inteligentes.
Vi na Exame.