#11 TikTok: principais números e atualizações
Base de usuários, receita financeira e as polêmicas da rede social do momento
Para quem acompanha o mercado digital, percebeu que 2018 foi o ano do TikTok. Rede social de vídeos curtos, é de propriedade da Bytedance, empresa chinesa de tecnologia. Com mais de 800 milhões de downloads na Apple Store e Google Store, foi o aplicativo mais baixado de 2018. E vem repetindo a popularidade também em 2019.
O público predominante da rede social são os jovens. Dados da App Annie mostram que metade dos usuários são da faixa etária 13 e 24 anos. É a rede que mais crescem atualmente: são mais de 524 milhões de usuários ativos mensalmente no mundo, ficando atrás apenas de Facebook, Youtube e Instagram. Inclusive a empresa de Mark Zuckemberg deu a resposta com a criação do aplicativo Lasso e do recurso Lip Sync Live no Facebook e Instagram. Mas por enquanto o TikTok está firme e evoluindo, inclusive muitas marcas vem investindo dinheiro em publicidade na rede, além de diversos artistas, como a principal banda de k-pop no mundo BTS, estão com presença significativa na plataforma.
Porém, como diz o tio Ben: grandes poderes trazem grandes responsabilidades. A rede vem sendo acusada de banir conteúdos pró-LGBT (em inglês) e até a censurar conteúdo das manifestações em Hong Kong (em inglês). Vão ser problemas que o próprio Facebook e o Youtube enfrentaram e ainda enfrentam: como filtrar, excluir, restringir e bloquear conteúdos que são interesse público ou em temas sensíveis.
Considerando que a rede social ganhou popularidade apenas em 2018, ainda veremos muitas notícias e problemas que enfrentarão, principalmente quando o Facebook resolver encarar mais a sério essa concorrência.
NOVIDADE DA SEMANA
Facebook e Youtube afrouxam regras para políticos e facilitam disseminação de fake news
Políticos nas redes sociais agora terão regras diferenciadas em relação a propagação de fake news. Tanto o Facebook quanto o Youtube não irão mais proibir o conteúdo espalhado por um político.
A CEO do Youtube, Susan Wojcicki, afirma que “quando você tem um político fazendo informação é muito importante para o eleitor ver ou outros líderes. Esse conteúdo, nós vamos deixar porque achamos que é importante para as outras pessoas verem”.
Já o Facebook, via o vice-presidente de assuntos globais da empresa, Nick Clegg, declarou que “nós não acreditamos que é um papel inapropriado para nós sermos juízes de debates e políticos e evitar que um discurso político alcance seu público ou seja matéria de debate público ou escrutínio. Este é o motivo pelo qual o Facebook está isentando políticos do programa de checagem”.
Acho extremamente danoso permitir que figuras públicas propaguem e legitimem conteúdos falsos, dando munição para a desinformação em massa. Se o intuito é servir de prova para alguma punição, que as redes armazenem isso internamente mas não deixem isso em alcance público. Ou seja, mais uma bola fora das grandes redes.